Clarice Maia Scotti

eu no mercado web minas

ontem eu apareci na sessão "entra e sai" do blog mercado web minas:

A publicitária Clarice Maia foi a nova aquisição da Mapa Digital no mês passado. "Estava fazendo freelas há dez meses, mas comecei a sentir falta não só da segurança de um emprego, como também do desafio e do trabalho em equipe", diz Clarice, que ficou sabendo da vaga aqui mesmo no blog. De designer gráfica e webdesigner, Clarice agora faz análises de benchmarking na Mapa. "Está sendo uma experiência incrível. Conheci um pouco mais sobre os trabalhos já realizados pela empresa e estou super motivada. O ambiente também é ótimo!", comenta.

e pensar que domingo eu já completo 2 meses de mapa! \o/

Postado por Clarice, quarta-feira, abril 29, 2009.
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a popularização twitter (algumas divagações)

nesses dias pós-twitter-no-fantástico-e-na-oprah eu pensei em retuitar esse texto que indiquei uns dias atrás, mas achei que ele valia mais que 140 caracteres (talvez seja por isso que não desisto de vez do blog). acho que ele aborda uma questão fundamental pra ser pensada por quem trabalha com internet. e eu ousaria dizer que vale também pra quem ainda tem alguma preocupação com sua própria humanidade.

eu fico até desanimada quando vejo tantos usuários lamentando a chamada "orkutização do twitter". é como se a "povança" estivesse contaminando uma espécie de refúgio sagrado. não bastasse o preconceito absurdo contra "a povança", seja qual for a definição disso pra essas pessoas, há ainda uma arrogância imensa em acreditar que todo mundo que poderia ter algo relevante pra dizer já estava no twitter antes da época ou do fantástico. o twitter não é um refúgio, muito menos sagrado, é apenas mais um (por mais inovador que seja) espaço de interação com o mundo que sempre existiu, que está cheio de cabeças pensantes. a descoberta e a ocupação do twitter era questão de tempo. certamente a aparição na mass media acelerou o processo, mas sinceramente, alguém aí achava que isso não ia acontecer?

não aconteceu mais que o inevitável. e como o inevitável é também imprevisível e incontrolável, eu vejo essa arrogância toda como um grande disfarce para o medo da mudança, o medo de sair da confortável posição de "referência confiável". para quem não se importa com isso, nada muda. para todos o twitter oferece a mesma liberdade: entra quem quer, continua quem quer, sai quem (e quando) quer e segue-se quem quer.

eu, particularmente, não canso de me fascinar com as "reviravoltas" da web. uso o twitter pra informação e diversão, não tô nem aí pra seguidores e espero encontrar gente nova e interessante para seguir, seja lá quando ela descobriu o twitter. ao mesmo tempo, profissionalmente, trabalho com mídias sociais e não posso ignorar a existência dos rankings, listas e ferramentas de medição de influência. mas não posso ignorar também que o aumento da "população" do twitter aumenta exponencialmente as possibilidades de uso do espaço. em ambos os casos, tô curiosa pra ver o que vai surgir daí.

peço licença para repetir aqui a última frase do texto que linkei lá em cima: as tais redes sociais de que todos falam só serão realmente verdadeiras quando forem invadidas pelo povão. só aí o "social" do nome fará algum sentido.

acho importante lembrar também que a grande característica dessa chamada "web 2.0" é a colaboração. o declínio do modelo "um-para-todos" em favor do "todos-para-todos". a possibilidade (cada vez mais inevitável) de cada indivíduo interferir, complementar, questionar, subverter, reinventar a mensagem, numa espiral sem fim. isso sim é a verdadeira revolução, o twitter é só a praça, o boteco do momento. claro que, mesmo com toda "democracia", os grupos vão encontrando seus locais na web da mesma forma que no mundo físico. a novidade é que na web todos podem ir e conhecer todas as suas alternativas, e se juntar, em uma ou mais praças, por uma opção, por afinidades de interesses, não por uma determinação sócio-financeira.

fazer parte de tudo isso é uma oportunidade incrível, e eu me sinto grata.

mas também me sinto triste ao constatar que toda essa transformação ainda não basta para transformar a essência de cada ser humano. porque (na maioria das vezes) somos seres humanos que estamos por trás dos avatares. são humanos aqueles que se acham muito revolucionários por participar de diversos projetos colaborativos, mas agem como um síndico rabujento que até tolera a presença da povança na web, mas exige que ela use o elevador de serviço.

por sorte nossa, aqui essas pessoas não têm esse poder. que venha a povança, e com ela a esperança de que uma web realmente social seja um dia uma realidade.


[ps] antes que alguém venha questionar porque eu brinquei com a baleia-oprah e pus meu nick no site que pesquisa quem tava lá antes do fantástico, eu esclareço que sei separar o que é brincadeira. na minha família se diz que "perdemos um amigo mas não perdemos a piada", logo, não tenho nada contra a brincadeira. desde que também se saiba falar sério.

Postado por Clarice, terça-feira, abril 21, 2009.
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ainda sobre o twitter

desde o início da internet se fala que o mcluhan não fazia idéia do quanto que estava certo ao dizer que o meio é a mensagem. mas hoje eu me peguei pensando que o twitter talvez seja o ápice dessa afirmação. "nunca antes na história" eu vi tanto um meio ser a própria mensagem mais divulgada em si mesmo.

(se bem que "o umbigo é a mensagem" também funciona. qual será o mais frequente?)

Postado por Clarice, domingo, abril 05, 2009.
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marcelo tas e a publicidade no twitter

quem usa o twitter dificilmente deve ter escapado da discussão sobre o "twit pago" do marcelo tas. um mimimi sem fim, gente dizendo que o cara vendeu a alma pro capeta e outras infantilidades tamanhas que eu nem dei minha opinião por lá, achei que seria um desperdício dos meus valiosos 140 caracteres.

mas aí ontem eu ouvi esse podcast com uma entrevista com o marcelo tripoli, da agência ithink, que planejou a campanha, e fiquei devaneando e resolvi tentar parir um post. porque ele explica o conceito da campanha (de novo, aliás) e é uma idéia bem bacana, que não tem absolutamente nada de antiético, como muitos paladinos da moral e dos bons costumes tanto acusaram.

eu que acompanho o marcelo tas e não fiz a bobagem de parar posso atestar que a proposta tem sido cumprida. não há babação de ovo do produto nem nada que abale a credibilidade do jornalista, apenas uma pequena hashtag indicando que aquele link indicado será bem melhor experienciado (existe esse verbo?) se você tiver uma bela banda bem larga. hashtag esta que só faz sentido pra quem procura saber mais, quem tá por fora continua recebendo um twit como muitos outros que o tas sempre mandou. nada invasivo, nada artificial, nada demoníaco.

pra variar, acabei me alongando no que deveria ser apenas a introdução. o fato é que, como publicitária que trabalha com mídias sociais, eu achei essa campanha fantástica! é claro que eu também odeio spam, por email, twit ou uoréva, mas daí a condenar toda e qualquer publicidade que use essas mídias é não apenas uma burrice, mas também um contra-senso. pois se trabalho numa agência que planeja ações em mídias sociais, é gratificante ver que é possível desenvolver uma ação que use o twitter com credibilidade, transparência e conteúdo relevante.

é uma revolução? não sei, eu diria que é uma evolução. uma evolução que beneficia a todos. não vejo porque o marcelo tas pode "ofender" algum seguidor ao aceitar participar dessa ação mais do que a xuxa poderia ofender seu público tentando nos convencer, na tv, que ela usa monange (alguém aí realmente acredita nisso?). a diferença é que no caso do twitter o link para o unfollow está ali na sua cara, ninguém é obrigado a receber qualquer conteúdo que não queira. os menos radicais também têm toda a facilidade para interagir com o emissor da mensagem, seja com dúvidas ou críticas (pena que muitos não saibam fazer isso de forma civilizada, mas aí a questão é outra).

eu, particularmente, espero ver outras ações criativas como essa. não tenho a ilusão de que a horda do mimimi vai compreender isso tudo que eu falei, mas felizmente o unfollow taí pra eles também.

Postado por Clarice, domingo, abril 05, 2009.
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Clarice Maia Scotti - design gráfico & web
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